segunda-feira, outubro 31, 2011

Deixe a areia morosa deslizar pela ampulheta do tempo...




Eu não sei dizer daqui a quantos outonos, mas chegará um dia, provavelmente em uma noite ociosa depois do jantar, em que você se verá sentando em uma antiga poltrona diante de uma xícara de chá intocada e um jornal folheado desatenciosamente. O hábito da situação, entretanto, estranhamente sussurrará uma lembrança há muito esquecida. Talvez a personagem dessa reminiscência esteja sentada na poltrona ao lado. Talvez ela esteja a um oceano de distância. Mas, onde quer que ela se encontre, por um breve instante seus sorrisos se unirão em um. Um sorriso cálido, saudoso. 
Uma recordação gostosa de toda essa confusão.



Um comentário:

  1. São estes sorrisos esboçados nas lembranças, independente da distância, que alimentam o que chamamos amor. Lindo pensamento, Angélica, parabéns!!!

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