segunda-feira, abril 25, 2011

Carta a uma amiga





Elas se conheceram por acaso, acredito. Se identificaram por pura sorte.
Riram dos nomes parecidos, coincidência ou não. Pegaram a mesma estrada, as mesmas vielas.
Seguiram o mesmo caminho pela melhor parte da vida delas.
Fizeram bagunças, maldades. Falaram bem daqueles, falaram mal daquelas.
Gargalharam. Compartilharam pipoca assistindo filme.
Sorriram juntas, emprestaram o ombro. Limparam lágrimas e esfregaram conselhos.
Foram mãe e irmã.
Fizeram e refizeram planinhos diabólicos para logo depois descartá-los e cairem na risada.
Deram voltas e mais voltas juntas. 
Se ajudaram. Se desentenderam e se afastaram algumas vezes.
Tiveram outros amigos, riram com outros risos.
Fizeram história. Contaram as delas.
Não tendo, obviamente, quem as substituisse, sempre sentiam saudades e se reaproximavam.
Mas aí, veio aquela estrada cheia de bifurcações e elas decidiram arriscar.
Mudaram de rumo, cada uma para um lado.
Nenhuma delas foi embora, nenhuma delas ficou para trás.
O mais importante, a amizade verdadeira, permanece.
Tudo porque, elas deram uma a outra parte do seu coração.
Parte, das suas melhores lembranças.


P.S.: Amo você minha melhor. (As Loucas)





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